terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Apresentação

Boa noite a todos! Estas são as primeiras linhas do meu blog, e, como tal, achei que deveria deixar-vos uma pequena mensagem de apresentação. Não tenho a pretensão de me apresentar a mim mesma, pois, mesmo que eu me conseguisse descrever o mais fielmente possível, aquilo que eventualmente interpretassem do que eu escrevesse nunca corresponderia na totalidade ao que efectivamente pretenderia transmitir, pela simples razão de que nada conhecem de mim. E não passariam a conhecer apenas porque eu escrevi que sou isto ou aquilo. A pouco e pouco poderão ir acumulando alguns traços de mim que vão encontrar aqui ou ali naquilo que partilhar com vocês, mas, mais do que isso serão meras interpretações e conjecturas de um conjunto de dados.
Para que percebam melhor o que quero dizer, deixo-vos com as palavras de um mestre, num excerto de um texto de um autor português, médico, que muito aprecio, de seu nome Adolfo Correia da Rocha (Miguel Torga):

«É instrutivo ver os vários retratos que fazem de nós pela vida fora. Com traços lisonjeiros ou desagradáveis, entram-nos sempre pelos olhos dentro como estranhos, a perturbar uma paz que tinha um rosto habitual, familiar, a que estávamos acostumados. À imagem tranquila, sobrepõem-se outras inquietantes que não servem no cartão de identidade, e, contudo, nos identificam publicamente mais até do que a que nele figura. É que não se trata de neutras fotografias. São perfis apaixonados, justos ou injustos, com as virtudes e os defeitos cruamente patenteados. Quem um dia nos lembrar, é por eles que nos lembra. Somos o que só nós sabemos e parecemos o que os outros dizem de nós.»

Por hoje, nada mais tenho a dizer para além de que espero que possa partilhar convosco ideias e experiências positivas e ter um feedback da vossa parte. Estarei sempre disponível para ler os vossos comentários.

Sophia

1 comentário:

Francisco M. disse...

Gostei especialmente da última frase Sophia: "Somos o que só nós sabemos e parecemos o que os outros dizem de nós".
A meu ver só poderiamos realmente confiar ou acreditar naquilo que os outros dizem conhecer de nós se realmente nos conhecerem há muito tempo, tanto tempo, imenso, como aquele que nós levamos a conhecer-nos a nós próprios...
E claro, o melhor mesmo é deixar que os outros nos conheçam por si só, e não fazer a nossa própria descrição ou esta seria distorcida...
O que é azul para alguns, pode ser vermelho para outros... =)