quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Assiduidade

Sim, é dia 24 de Dezembro!
Não, não vou desejar Boas Festas nem falar do espírito natalício. Gosto do Natal, mas não é isso que move os meus escrevinhados de hoje.

Falta!
Faltam coisas que já não faltaram, faltam pessoas assíduas, faltam pessoas não assíduas, falta carácter, falta sentimento, falta consciência, falta tempo para viver tudo, falta espaço para gente boa, falta juízo, falta isto, falta aquilo, falta não faltar nada. Sobra isto e sobra aquilo. Sobram as faltas que cometes, a ti e aos outros. Sobra o tempo que faltas, a ti e aos outros.
Falto eu, faltas tu, e tu, e tu aí também, faltamos todos, enquanto sobramos todos também. Falta tudo e sobra nada. Falta tudo e tudo sobra. Sobra tudo e não falta nada. Sobra tudo e tudo falta.
Cambada de faltas e sobras que deixamos e devemos a esta vida.
Somos faltas e sobras. E, se faltarmos à vida, a nós e aos outros com esta verdade de sobras e faltas que somos, damos e devemos, nada somos, nada faltamos, nada sobramos.


Sophia

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Viver também é Recordar!

Por todos aqueles que foram ou são importantes na nossa vida, por todos aqueles de que nos despedimos por vontade própria ou condicionantes de vida, por todos aqueles que fazem ou fizeram parte da nossa história e estão longe, há, nem que seja um factor de justiça, que nos deve fazer recordar! Recordar não é viver, viver não é só recordar! Mas, viver também é recordar! Não se esqueçam disso, passo a redundância!

"Time, sometimes the time just slips away
And you´re left with yesterday
Left with the memories
I, I´ll always think of you and smile
And be happy for the time I had you with me
Though we go our seperate ways
I won't forget so don´t forget
The memories we made

Please remember, please remember
I was there for you and you were there for me
Please remember our time together
when time was yours and mine
And we were wild and free
Please remember, please remember me

Goodbye, there´s just no sadder word to say
And it´s sad to walk away
With just the memories
Who´s to know what might have been
We leave behind a life and time we'll never know again

Please remember, please remember
I was there for you and you were there for me
And remember, please remember me

Please remember, please remember
I was there for you and you were there for me
Please remember our time together
when time was yours and mine
And we were wild and free
Then remember, please remember me

And how we laughed and how we smiled
And how this world was yours and mine
And how no dream was out of reach
I stood by you, you stood by me
We took each day and made it shine
We wrote our names across the sky
We ran so fast we ran so free
I had you and you had me
Please remember, please remember
(Please Remember from LeAnn Rymes)



Sophia

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Letra Para Um Hino

"É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros.
Se te apetece dizer não, grita comigo: não!

É possível viver de outro modo.
É possível transformar em arma a tua mão.
É possível viver o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre, livre, livre. "
(Manuel Alegre)



Sophia

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Chuvas

Chove lá fora! Chove miudinha! Não a vejo, mas oiço-a cair, desfazer-se nas janelas, nos beirais das varandas, no chão. Oiço leve o crepitar da água no pavimento sob o movimento dos carros. Não a vejo, mas sinto o cheiro a terra molhada.
Chove na noite, chove no caminho! Chove lá fora e... Engraçado, de certo modo, também chove aqui dentro!
Aborrecido, incómodo estar lá fora no meio da chuva, absorver as gotas dessa chuva, neste tempo frio. Porém, agradável ouvir, na secura e aconchego de um sofá e uma manta, algo molhar-se lá fora. Agradável estar lá fora no meio da chuva, absorver as gotas dessa chuva, com pouca roupa, num tempo morno.
Quase tudo, ou mesmo tudo na vida repete e reinventa a natureza. Bom ouvir ou ver chover no caminho, na vida, lá fora. Por vezes, incómodo que essa chuva caia aqui. Outras vezes, tão bom que ela aqui nos chegue.
Agora troveja! Lá fora, apenas! Porque hoje não me apetece que troveje aqui dentro!...



Sophia

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Força das Palavras

Hoje, vinha eu no comboio a ler o jornal e, sem querer, fixei-me numa das páginas habitualmente dedicadas a publicidade. E era uma página de publicidade, mas, uma publicidade diferente, a chamada publicidade institucional. O que inicialmente me prendeu a atenção foi a forma como estava apresentado, escrito e depois o título e a última frase. Li o anúncio. Assina-o a Liga Portuguesa Contra a SIDA. É um anúncio bem feito, quanto a mim.
Já em casa, vi o filme desse mesmo anúncio. Mais uma vez, achei esta publicidade algo de interesse (o que não é comum).
Resolvi partilhá-lo:

Testamento

"À minha mãe, eu deixo um quarto mais arrumado, meias limpas e um lugar vazio à mesa.
Ao meu avô, eu deixo o nosso clube com menos um adepto e, ao meu pai, menos uma chance de vir a ser avô.
Ao meu irmão, eu deixo um abraço, para quando ele se formar e for o médico que eu não consegui ser.
À minha irmã, eu deixo um diário com algumas páginas em branco.
Aos meus inimigos, eu deixo a oportunidade de me terem conhecido melhor.
Aos meus amigos, eu deixo menos um amigo.
À minha namorada, eu deixo um pedido de desculpas.
E a si, eu deixo um conselho: use preservativo."
(Liga Portuguesa Contra a SIDA)



Sophia

Mais do que uma música!

"Um gesto vale mais do que mil palavras!"
Verdade, bem verdade. E, por isso, esta música, não é só uma boa música, não é só uma música bonita, não é só mais uma música, é mais, mais do que isso e muita coisa. É-o porque alguém fez com que assim fosse, agora e sempre que ela toque no futuro. Mais do que uma música, por causa de alguém que merece que eu aqui reconheça isso.
Obrigada, meu bom e velho AMIGO!
Esta também é para ti:

"There's a sickness in my soul
And I don't know but I been told it's incurable
There's a darkness in my heart, slowly tearin' me apart
It's unbearable
Drop of blood, a lake of tears
And baby after all these years your still beautiful
And I've been loved and I've been used
Cut wide open, scarred and bruised
I'm unbreakable

Flesh it heals I know
Hearts they never mend
Lover's come and go girl right now I need a friend

Walk for miles, talk for days
And I keep trying to change my ways
It's so difficult
You kick and scream
You curse and yell
Tell me I should go to hell
It's so typical
Touch my heart, feel my pain
Let me know i'm not insane
You're so merciful
Break your heart
I cheat, I lie
And honestly I don't know why i'm so pitiful

Flesh it heals I know
Hearts they never mend
Lover's come and go girl right now I need a friend...yeah

There's a sickness in my soul
And I don't know but I been told it's incurable
There's darkness in my heart, that's slowly tearin' me apart
It's unbearable...yeah

Flesh it heals I know
Hearts they never mend
Lovers come and go girl right now I need a friend..yeah

Right now I need a friend

There's a sickness in my soul

And I don't know but I been told it's incurable"
(Friend from Everlast)
Aconselho a que oiçam a música, vale a pena. O nome: Friend, dos Everlast.
Sophia

domingo, 12 de outubro de 2008

Pólos

Encontros, desencontros e reencontros. Inícios, fins e reinícios. Equilíbrios, desequilíbrios e re-equilíbrios. Certezas, dúvidas e respostas. Investimentos e desinvestimentos. Apegos e desprendimentos. Multidões e ninguéns. Saturação e necessidade de absorvância. Conhecimento, ignorância e re-descoberta. Positividade, negatividade e neutralidade.
Tudo pólos de uma mesma corrente, latitudes e longitudes de uma mesma carta, recantos de um mesmo labirinto, curvas e rectas de um mesmo percurso...



Sophia

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Súplica

“Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.”
(Miguel Torga)
Sophia

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Cada um Com a Sua


The Story

"All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you."

(from Brandi Carlyle)




Sophia

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Coisas...

Que hoje é o Dia Europeu Sem Carros já todos devem ter ouvido dizer.
Agora, sabiam vocês que hoje é também o Dia dos Contabilistas, o Dia dos Amantes e o dia em que se completam 35 anos da estreia do Exorcista!?
Eu estava capaz de estabelecer uma linha de raciocínio entre estas "comemorações" todas, mas, deixo margem para a vossa imaginação...
E, aproveitando para completar, foi há, exactamente, 16 anos que estreou, na NBC, a série Friends.
Mas, voltando ao que interessa, em vez de andarem aqui a ler blogs, aproveitem para amar muito e hoje nada de carros, dêem largas à criatividade e sejam originais...


Sophia

domingo, 14 de setembro de 2008

Ventos de Confusão

Vem de nenhures e, de um sopro, mistura tudo, baralha, desorganiza, desorienta e faz chover onde não era suposto, aperta onde não devia. Ventania não convidada, persistente, cansativa, que chega a roçar o esgotante, é enevoada no seu início e das suas origens pouco se conhece. Mói e remói, dança no ar e não desaparece, de tão contida por uma rede que funciona a mil por hora, quase dia e noite, reclamando um descanso que não chega e uma féria que não recebe. Tudo no caminho para um desconhecido, que se espera ser de respostas e calmaria. Talvez optimista, talvez utópico, talvez esperançosa e pacientemente realista.


Sophia

Disrupção

"Neste mundo em que esquecemos
Somos sombras de quem somos,
E os gestos reais que temos
No outro em que, almas, vivemos,
São aqui esgares e assomos.

Tudo é nocturno e confuso
No que entre nós aqui há.
Projecções, fumo difuso
Do lume que brilha ocluso
Ao olhar que a vida dá.

Mas um ou outro, um momento,
Olhando bem, pode ver
Na sombra e seu movimento
Qual no outro mundo é o intento
Do gesto que o faz viver.(...)"
(Fernando Pessoa)



Sophia

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Novo Arranque

Lance Armstrong, o Rei do Tour, anunciou o seu regresso ao ciclismo, para a época de 2009.
Em expressão da sua vontade de contribuir na luta contra o cancro e dos conselhos da família e dos amigos chegados, Arsmstrong deciciu voltar à estrada e à competição, para regozijo dos seus fãs e dos adeptos do ciclismo em geral.
Quero crer que, se Arsmstrong tomou esta decisão, o fez por meio de uma reflexão ponderada e por se sentir em forma para voltar a pedalar ao mais alto nível. Se assim for, estou certa de que este regresso será uma mais valia para o ciclismo internacional, para o espectáculo deste desporto e para os fãs da modalidade e deste ciclista prodigioso.
Quem não tem saudades das suas escaladas impressionantes, das respostas prontas aos ataques directos dos adversários, das forças escondidas, que se revelam no final de dezenas de quilómetros, vindas de onde se julgava que já não existia mais energia para se renovar!?
Se este regresso tiver um fundamento sério, acredito que teremos motivos para continuar a vibrar com as corridas de Lance Armstrong.



Sophia

domingo, 31 de agosto de 2008

Tempos e Contra-tempos

São momentos, grãos de areia perdidos num espaço, infinitos para si próprios e uns para os outros, contidos, demarcados e extremamente finitos aos olhos de outrém e ao mudar das luas, cada vez mais esbatidos ou mais firmes, mas limitados, ao correr da distância.
São tempos, são caras, são corações, são mentes e almas de tristezas, de alegrias, de obstáculos, de vitórias, enfim, de um sem fim de pedaços de vida. Pedaços de um puzzle por demais complexo, que é mais do que todas essas peças juntas e que, ainda assim, ameaça, por vezes, surgir incompleto. E que grande mentira nessa ameaça, que faz sofrer e que tem tão simples solução, rodar as peças, mudá-las de sítio, dar-lhes um novo enquadramento. E eis que surge um puzzle perfeitamente completo, assim o queremos!


Sophia

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Entre Banho Maria e Ponto de Ebulição

Oscilando entre calma e indiferença fabricada e um estado de irritação prestes a fazer estragos. Eis um momento de vida que todos experimentamos um dia. Não único, não raro.
Porque a nossa natureza já nos traz, à partida, num ponto próximo disto. Porque a saturação dos dias e do ambiente assim o desencadeiam, instalam ou fomentam. Porque algo ou alguém nos puxa e empurra para isso insistentemente. Porque o passar do tempo não se compadece com os nossos esforços, fazendo com que numa sequência indeterminada de dias se acumulem rasteiras e quedas. Porque nos sufoca o constrangimento do espaço. Porque nos é roubado o ar. Porque nos cortamos numa faca ou porque nos queimamos, ou porque alguém nos espetou uma faca, nos picou, nos fez queimar por dentro. Porque o simples sopro ou o exuberante guincho das vozes demasiadamente mesquinho, vil, desagradável, duro, gélido ou injusto. Porque sabemos lá. Porque tanto para tão pouco, por tão pouco. Porque pouco para o que devia.
Porque tudo isto, variamos entre um acumular paulatino e confortável e um estado fervoroso de irritação, ou alheamos os nossos sentidos e nada aconteceu ou, contraem-se os músculos, latejam as têmporas, acelera o bater do coração, cria-se um aperto no peito que impele gritos e palavras irrascíveis ou de razão, de apaziguamento ou de irritação, que se formam na garganta, percorre o corpo um calor, a força do que se conhece e se sente ser injusto, inverosímel ou do que se sabe ser dolorosamente verdadeiro faz o cérebro trabalhar a mil e desdobrar-se em argumentos, desenrola-se por segundos, minutos ou horas uma luta entre tudo o que esse mesmo cérebro processa, entre o que deseja e o que julga ponderado, e entre o que os gritos formados na garganta ameaçam fazer-nos vociferar, guarda-se na memória, o que queremos apagar por ser brutalmente real, gera-se uma irreprimível vontade de mudança.
E tudo isto dói, tudo isto cansa!
Tudo isto exige libertação das forças negativas, acção e mudança. E perante isso, jamais revoguemos a nossa natureza pro-activa.



Sophia

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Amigo

"Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!

"Amigo" é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

"Amigo" (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
"Amigo" é o contrário de inimigo!
"Amigo" é o erro corrigido
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada!

"Amigo" é a solidão derrotada!
"Amigo" é uma grande tarefa,
É um trabalho sem fim,
Um espaço sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
"Amigo" vai ser, é já uma grande festa!"
(Alexandre O'Neill)


Sophia

domingo, 3 de agosto de 2008

Um Poema

"Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz... "
(Miguel Torga)
Sophia

Sopa de Letras

Já alguma vez pensaram como se poderia escrever com caracteres chineses num teclado normal!?
Grande epopeia seria, já que o chinês tradicional conta com mais de 56 mil ideogramas e estes dificilmente caberiam num teclado de um computador.
Desta forma, parte-se de uma versão reduzida do idioma, a qual contabiliza 8000 caracteres. Mesmo assim, colocar per si estes 8000 símbolos num teclado constituiria uma tremenda e complicadíssima empresa, motivo pelo qual se recorre ao pinyin. Este é um dos métodos disponíveis para solucionar esta salgalhada e baseia-se num mecanismo de romanização do idioma chinês, em que se usam letras do nosso alfabeto latino para escrever os ideogramas chineses tal como estes soam. Ao utilizar uma letra do alfabeto latino, um programa mostra todos os caracteres chineses associados à transcrição fonética dessa letra, tendo o utilizador apenas de escolher, de entre os vários apresentados, qual o que tenciona aplicar.
Parece simples, resta saber se será mesmo assim tão simples.



Sophia

terça-feira, 29 de julho de 2008

De Amarela ao Peito!

Já vem um pouco fora de tempo, por força de contingências que não vêm ao caso agora. Mas, não podia deixar passar em branco a camisola amarela de Carlos Sastre, na chegada a Paris.
Pois é, Sastre venceu a Edição de 2008 do Tour de France, e, deixem-me dizer, venceu bem.
Senhor de uma enorme vontade e ciclista de grande qualidade, tem sido, desde há vários anos, uma bandeira de regularidade. Rolando sempre na frente, já desde os tempos e primeiros triunfos de Armstrong, Sastre vê agora premiado um caminho de talento, disciplina, esforço e qualidade.
Vestiu a amarela para não mais a largar, nem mesmo no contra-relógio, em que Evens é, à partida, mais forte. Chegou aos Campos Elísios de amarelo e venceu o Tour. E que bem lhe assenta no corpo a amarela! Sastre mereceu, pelo que tem vindo a mostrar. Não foi apenas bom neste Tour, ele tem sido uma mostra de qualidade dos vários Tours que precederam este. Lembro-me bem de algumas das suas entusiasmantes escaladas com a camisola da CSC, dos seus ataques e fugas em plena subida, atacando o topo e desafiando, sistematicamente, a liderança de Lance Armstrong (embora Lance levasse a melhor). Quem o quisesse procurar nos últimos anos de Volta à França teria de o fazer entre os primeiros, invariavelmente Sastre estava lá, sempre na frente, sempre entre os primeiros, e, no final, sempre no Top 10 da tabela platinada do ciclismo (com excepção feita ao Tour de 2005, creio eu, em que não ficou nos dez primeiros).
Por tudo isto, Carlos Sastre venceu bem. Esta vitória no Tour vem coroar uma excelente carreira e toda a qualidade que tem demonstrado nas várias provas do ciclismo internacional. Esta é a nova amarela! A amarela de Sastre!
Será a amarela do futuro!?
Só o tempo o dirá... Há qualidade para isso... A ver vamos...
Até à Volta!...



Sophia

domingo, 20 de julho de 2008

Sejam Felizes!!!

Às vezes somos levados pela ideia de que tudo nos é permitido, de que podemos tudo, de que nos é dada a possibilidade de fazer tudo o que queremos. Somos ludibriados por um qualquer pensamento que nos faz achar que temos tudo sob o nosso controlo, que não temos constrangimentos de tempo, que temos todo o tempo do mundo para tudo. Vestimos a prepotência de que somos donos e senhores de tudo o que se passa na nossa vida e que fazemos o nosso destino.
Concordo que podemos ser responsáveis pelo nosso caminho e que podemos concretizar quase tudo o que desejarmos e nos propusermos fazer.
Mas, não confundamos optimismo, preserverança, determinação, força e vontade com omnipotência e imortalidade. Tenhamos a humildade de reconhecer que não somos donos do tempo e do acaso e de interiorizar que não temos a eternidade para o que nos apetecer.
Vivam, aproveitem os dias, disfrutem as boas companhias, concretizem projectos e realizem o que vos faz sentir plenos, não percam tempo com ninharias e mesquinhez.
Na nossa vida, nada depende só de nós, mas, tudo parte de nós.
Sejam felizes!


Sophia

sábado, 12 de julho de 2008

Realidades

"A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta."

(Alberto Caeiro)
Sophia

terça-feira, 1 de julho de 2008

Duas Caras

Há uma grande diferença entre o que queremos e entre o que o que sentimos nos permite fazer. Eu assumo essa diferença!

Há uma grande diferença entre o que é correcto fazeres pelo que queres e entre o que, de facto, fazes para consegui-lo.
Há uma grande diferença entre o que mostras ser no caminho entre o quereres e o conseguires.
Não me agrada essa diferença e, sobretudo, não me agrada a falsidade com que a tentas disfarçar nem a leviandade com que te refutas a assumi-la e explicá-la.

Há uma grande diferença entre o que foi, o que é e o que será...
Há uma grande diferença entre nós...
Há uma grande diferença entre o que se conhece, o que se quer e o que nos é permitido fazer...
Há uma grande diferença...


Sophia

sábado, 21 de junho de 2008

As Vozes do Mundo

"No vento que uiva
a quem saiba escutar,
o eco da chuva
num cão a ladrar.
No som do relógio,
no sino a dobrar,
as vozes das fontes
na pedra a falar.


Nas sombras dos tempos
os velhos sabiam,
ouvir as vozes do mundo a falar,
onde o segredo é saber calar.


Na sombra dos tempos,
os velhos diziam:
tudo no mundo vivia a falar,
os homens, as pedras, o sol e o luar,
os bichos da terra e os peixes do mar.


E falam as vozes nas ondas do mar
no som das esferas, de noite ao luar.
Nas velhas quimeras que falam a sós
de lá do outro mundo, no fundo de nós."


(Pedro de Orey)



Sophia

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Com outros olhos

Hoje é dia de repensar!
Por vezes, somos de tal modo arrastados por uma rotina, que fazemos coisas que já nem questionamos e que são perfeitamente desnecessárias e deixamos por fazer algo que está estabelecido não se dever fazer.
Por vezes, esta rotina e o que outros nos mostraram por seus olhos está tão intrincado em nós que ficamos estupefactos quando somos obrigados a parar e repensar.
É bom mantermos a sobriedade de não nos deixar arrastar e cair em rotina. É bom questionarmos. É bom colocarmos lentes diferentes e darmos diferentes leituras àquilo que outrém nos expõe. É bom explorarmos a constante novidade das coisas. O que pensamos e vemos em cada uma delas é tão válido como aquilo que alguém viu nelas ontem e como o que outro alguém verá nelas amanhã, pelo simples facto de que todas essas ópticas têm um porquê.

“Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.


Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.


Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moínhos
D. Quixote vê gigantes.


Vê moínhos? São moínhos.
Vê gigantes? São gigantes.”
(António Gedeão)


Sophia

terça-feira, 10 de junho de 2008

Muitos Uns

“Sou médico. Um médico é um médico; não escolhe doentes nem caminhos. (...) Um homem morto. Uma realidade directa que me tocava de perto. Tinha estropiado cadáveres na morgue; chegara a ver enfermos a agonizar durante as lições nas enfermarias; vivia cercado de doenças, misérias, estertores. Mas, tudo isso eram acontecimentos necessários para a lógica dos tratados. Esta morte dizia-me respeito. Conhecera o primo Lucas longe desse ambiente; era um homem, uma coisa viva e misturada nas recordações da minha infância; um ser pronto a sofrer, pronto aos júbilos e às desventuras. Os outros homens da enfermaria ou do necrotério não tinham para mim um história, serviam para confirmar uma ciência.
Alguma coisa estava brutalmente errada. Haviam-me iludido, magoado. Recebia uma lição. Daí em diante sofreria até à angústia o que é ter uma vida nas nossas mãos, uma vida que nos é entregue: um misto de desafio, de responsabilidade e de desespero.”


(Fernando Namora)


Sophia

quarta-feira, 4 de junho de 2008

(In)Capacidade

Por vezes, querer não chega. Aliás, por vezes, pura e simplesmente, não chega. Independetemente de quereres, não saberes o que queres, ou achares que queres e não queres, por vezes, não chega. Por vezes, o que sentimos e o que fazemos fica num outro plano disso que queremos ou não queremos e achamos que sim, e não dá.
Não dá! Não chega! E é tudo!


Sophia

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Leonardo: O Senhor dos Múltiplos Sentidos

Terminou na passada Terça-Feira, dia 20 de Maio, o ciclo de três conferências sobre Leonardo Di Vinci e a sua curiosidade infinita, preconizado pelo Dr. João Caraça e apadrinhado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Foram 2 horas muito bem empregues, que me deram a conhecer alguns elementos que ignorava até agora e que continuaram a alimentar toda a curiosidade que envolve o eterno mistério inerente a esta personagem maior da História Mundial.
Leonardo Di Vinci, Di Vinci porque era bastardo e natural de Vinci, Florença, como já devem saber. Di Vinci, o mestre dos duplos sentidos, aliás, dos múltiplos sentidos, o senhor das ambiguidades e das criações nebulosas, pouco claras, esfumadas! Leonardo é, sem dúvida, uma personalidade para venerar. Homem não dos sete, mas dos mil ofícios, dotado de uma vontade de observar, perceber e saber tudo, capaz de precisões ao mínimo pormenor, na matemática, na óptica, na mecânica, na hidráulica, na pintura, no desenho, ..., em tudo! Leonardo, o génio pré-moderno. Diria até, que era um homem muito mais avançado do que muita gente nossa contemporânea.
Se conhecerem o mínimo da sua obra, percebem o que digo e provavelmente concordarão comigo.
Mas, vamos às curiosidades!
Leram o Código Da Vinci!?
Excelente, não é!? Apelativo à imaginação e especulação!?
Sim, sem dúvida!
Mas, esqueçam-no agora!
Sabiam que a Última Ceia não é, de facto, a última ceia?
Um dos quadros mais famosos e mais alvo de especulação de Da Vinci, recebeu do próprio o nome original de Il Cenacolo, que em Italiano, em particular, Italiano Florentino, significa o que, em Português, chamamos de Tertúlia. E, nessa tertúlia, a personagem central é Leonardo e não Jesus Cristo!
Sabiam que a Mona Lisa, não é Lisa de Gherardini?
No Rx tirado ao quadro, no século XX, identificou-se um vulto conhecido por baixo da Mona Lisa, o vulto de Nibbio, o principal violador de Leonardo em criança. A figura feminina de Mona Lisa, é, diz-se, o próprio Leonardo Da Vinci, como ele se via.
Sabiam que, 100 anos antes da mestria de Galileu, Da Vinci, representou nalguns dos seus quadros, Júpiter e os seus satélites nas suas posições exactas?
Leonardo terá construído um telescópio e observado estes astros, muito antes de Galileu o sonhar.
Pois é!
Muitas curiosidades, muitas especulações!
Despertei "o bichinho" em vocês!?
Então, deixo-vos um site, onde poderão aprofundar estas questões e muitas mais: http://www.cesaremarchetti.org/ .
Outra sugestão que vos deixo é verem o documentário da BBC, editado em Portugal pelo Público: "Leonardo: The Man Who Wanted To Know Everything".

"He is never unambiguous and clear, but consistently layered, double functioning, polysemanthic...pictorial symbols as multiplex signs...ambiguity becomes a species of power." (Leo Steinberg)


Sophia

sábado, 17 de maio de 2008

Quando? Como? Porquê?

Quando, aparentemente, nada mais há a fazer, quando chegamos ao fim do caminho, quando uma porta se fecha, quando um muro se ergue, quando a história chega ao fim, quando o tempo termina,... quando isso tudo... O que fazer? Passividade ou acção? Como agir? Que sentimentos incitar em nós? E porquê fomentar este em vez daquele, fazer isto em vez daquilo? Porquê alguém desistir? Porquê alguém ir à luta? Porquê alguém odiar, sentir raiva, sentir-se frustrado, sentir-se impotente, sentir-se injustiçado, sentir-se mal aventurado? Porquê alguém amar, sentir compaixão, sentir carinho, sentir-se realizado, sentir-se poderoso, sentir-se recompensado, sentir-se sortudo?... Porquê, como e quando?... Sabemos lá... Sempre ser o lado positivo da moeda? Dar-nos-à isso alguma vantagem? Provavelmente...Pelo menos a vantagem da consciência e talvez de um espírito livre, sossegado e alegre...Será?...Talvez sim, talvez não... Quando, como e porquê?... Sabemos lá...


Sophia

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vida

“A vida é uma oportunidade – aproveita-a
A vida é uma beleza – admira-a
A vida é um dom – aprecia-o
A vida é um desafio – aceita-o
A vida é um dever – assume-o
A vida é um jogo – joga-o
A vida é cara – preserva-a
A vida é um tesouro – conserva-o
A vida é um amor – saboreia-o
A vida é um mistério – aprofunda-o
A vida é uma promessa – cumpre-a
A vida é tristeza – ultrapassa-a
A vida é uma canção – canta-a
A vida é uma luta – trava-a
A vida é uma tragédia – enfrenta-a
A vida é uma aventura – ousa-a
A vida é nobre – merece-a
A vida é preciosa – não a destruas
A vida é vida – luta por ela!”
(Madre Teresa de Calcutá)
A propósito de vida e da Madre Teresa de Calcutá, aqui fica este poema.
Eu não sou, nem por sombras, a Madre Teresa, mas, resta-me acrescentar: a vida é única, vive-a! A maioria de nós tem oportunidades que muita gente no mundo actual nem sabe que existem, a maioria de nós tem facilidades que nunca existiram no passado (também temos complicações que não haviam antes é verdade), por isso, não ousem não aproveitá-las, justificá-las e merecê-las!
Sophia

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Horas

“Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.”


(Eugénio de Andrade)


Sophia

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Saudade

Queria ter ido, mas, não fui. Queria ter sido capaz de ir, mas, não fui. Algo se adiantou e decidiu que não fosse. Queria dizer tudo e não disse. Queria poder conseguir tudo e não consegui. Consegui tudo o que podia e isso basta-me. A mim e a vocês também, estou certa disso.
Queria ter ido e não fui. Queria ter conseguido e não consegui. E, por isso, estou aqui. Estou aqui. Estou aqui e não esqueço. Estou aqui e tenho-vos comigo. Queria ter ido, mas, não fui. Estou aqui. E tenho comigo uma mensagem, com grande grau de certeza a mais difícil que alguma vez hei-de escrever, uma mensagem de quatro nomes e muitos sentimentos. Estou aqui. Aqui, com amor, alegria, tristeza, saudade, lembrança, gratidão e preserverança; aqui, com quatro nomes e tudo o que sou...
...Obrigada!


Sophia

Distorções

Distorce-se a realidade, distorcem-se os princípios, distorce-se o carácter e a personalidade, distorcem-se os sentimentos, distorcem-se os amigos, os colegas e os conhecidos, distorcem-se as palavras e o seu tom... Num gesto facilitista e arrogante, distorce-se tudo, tudo o que há em redor, desde que isso seja conveniente e sirva qualquer propósito desejado.
É assim!...Um jogo de espelhos corrupto, desonesto, mas, por certo muito aliciante para os espíritos mais fracos. Espelhos constantemente manobrados e direccionados consoante os ângulos mais proveitosos, como se de um girassol se tratasse; espelhos que insistentemente, a cada tempo reflectem uma imagem diferente, conforme mais lhes convém; espelhos que se desdobram e multiplicam, sendo cada vez mais utilizados como método e como escape, atingindo tal disseminação que lhes permite ser a normalidade.
Mas, que raio!
Onde está a normalidade disto!? Onde se encontra normalidade na manipulação, na falsidade, no cinismo, na mesquinhez, na corrupção, na ausência de princípios e no carácter reptilário de tais mentes retorcidas!?
São distorções, falseamentos que se ampliam e se somam. São cada vez mais comuns, são distorções das pessoas, da sociedade, dos países e do mundo, distorções que nos aproximam da primitividade inicial e animalesca da espécie. São repugnantes falseamentos e não vejo normalidade nenhuma nisso!


Sophia

sábado, 26 de abril de 2008

Há dias

Ontem foi dia 25 de Abril. Sim, é o dia em que se comemora a Revolução dos Cravos, o Dia da Liberdade, sim é isso, e, infelizmente, valorizamo-lo, cada vez mais, pelos motivos errados.
Mas, bom, não é isso que pretendo discutir agora.
Dia 25 de Abril é também o dia da Fiesta della Liberazione italiana, que visa homenagear a resistência italiana e comemorar a libertação da Itália no fim da 2ª Guerra Mundial.
Ontem foi também o dia em que se completaram 55 anos da publicação do artigo de James Watson e Francis Crick na revista Nature, no qual trouxeram à luz a sua descoberta da estrutura do DNA.
E, entre muitas outras coisas, foi também um dia em que nasceram bébés!...No HSM foram só meninas. Terá algo a ver com a nossa natureza revolucionária!?...


Sophia

domingo, 20 de abril de 2008

Sísifo

Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.


E nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És Homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...


(Miguel Torga)


Sophia

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Cansaço

Tendo em consideração o tema da minha última mensagem sobre a adesão à produção literária nacional e este meu período de ausência, deixo-vos com um poema de um expoente máximo da literatura portuguesa e de que gosto bastante:

O que há em mim é sobretudo cansaço.
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado!?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

(Álvaro de Campos)

Sophia

quarta-feira, 26 de março de 2008

O Que é Nacional Também é Bom!

Hoje assinala-se o Dia do Livro Português! A ideia visa promover a leitura de autores nacionais, o que é perceptível.
Temos autores com muita qualidade. Temos nomes bem conhecidos, como Lobo Antunes, Miguel Sousa Tavares, José Rodrigues dos Santos, que ainda produzem; temos também grandes escritores que já nos deixaram, como Fernando Pessoa, Miguel Torga, José Cardoso Pires; e temos ainda bons autores portugueses que são perfeitos desconhecidos para a maioria das pessoas, mais velhos e mais jovens, como, por exemplo, Alexandre Honrado, entre muitos outros. Leia-se! Leia-se em Português! Há muita e muito boa produção literária lusa! Leia-se Torga, leia-se Sousa Tavares, leiam-se autores desconhecidos, mas, leiam-se autores portugueses, da mesma forma como se leêm escritores estrangeiros, porque o que é nacional, pelo menos em termos literários, também é bom, muito bom mesmo!...
Boas leituras!


Sophia

domingo, 23 de março de 2008

De Setúbal, com Tranquilidade...

O Vitória de Setúbal venceu ontem a Taça da Liga, a Carlsberg Cup.
O Vitória foi, concordarão todos, um justo vencedor. Foi-o não pela espectacularidade do seu jogo, porque a mesma não existiu nem do lado sadino nem do lado dos leões, mas sim, pela sua determinação, pela sua garra, pelo seu querer e pelo seu crer, pela sua maturidade e pela sua capacidade de gestão do jogo e da pressão, sempre direccionados e sempre na mira de uma única coisa: a Taça. Ousaria mesmo dizer que o Setúbal ganhou o jogo, também, pela tranquilidade que soube ter.
A juntar a isto, embora nenhuma das equipas tenha demonstrado uma grande capacidade ofensiva nem uma grande eficácia atacante, a verdade é que, com metade do número de jogadas ofensivas dos “lagartos”, o Vitória de Setúbal fez praticamente tantos remates como o Sporting.
Por outro lado, da mesma forma que são, muitas vezes, culpabilizados pelos maus resultados e pelas fracas exibições, acredito que aos treinadores protagonistas desta partida devem ser imputadas culpas pelo triunfo do Vitória.
Ao treinador sadino, Carlos Carvalhal, deverá ser atribuída parte da culpa da vitória pela mão da firmeza, calma, inteligência e "tranquilidade" com que orientou a equipa durante os 90 min. Apesar da incredulidade e alguma revolta pelo penalty não assinalado a favor do Setúbal e pelo poste direito da baliza defendida por Rui Patrício que evitou o golo de livre para o Vitória, e, consequentemente, que o jogo ficasse resolvido no tempo regulamentar, Carvalhal soube gerir um plantel barato, mas de qualidade, não permitindo que a sua equipa assumisse uma postura derrotista antecipada, de fraqueza e eventual inferioridade face a um dos grandes; fez as substituições nos momentos certos e a última já a precaver a possível necessidade de marcação de grandes penalidades para a resolução do jogo; escolheu os homens certos para se apresentarem na marca das penalidades e teve um gigante com mãos de ferro na baliza (como, aliás, já acontecera em várias ocasiões deste e de outros jogos para a Taça da Liga, para a Superliga e para a Taça Cândido de Oliveira).
A Paulo Bento, também haverá culpas a dar, pela calma e "tranquilidade" que não soube transmitir à equipa e pelas falhas técnicas que cometeu. Uma equipa supostamente da alta roda não pode responder tão mal à pressão, tem de saber o que quer e jogar assertivamente e de forma determinada, fluida, coesa e objectiva. O Sporting foi uma equipa frágil, desorientada e pouco firme e organizada no seu jogo e a expressão da desorientação colectiva foi máscara na cara do treinador leonino, sobretudo na parte final do jogo, aquele que deveria ser o primeiro a passar calma, segurança e certeza para dentro do campo e para o plantel sportinguista. Assim, mister Bento, não pode ser!
Depois, chegados aos penaltys qual foi o critério!?
Numa equipa sem inspiração, insegura e nada confiante, vergada a uma grande pressão, para a qual nunca mostrou sinais de resposta, o "homem do leme" pareceu ter como critérios de escolha os jogadores que mais penaltys falharam esta época e o “um, dó, litá...” em caso de empate entre jogadores.

Cartão “laranja” para Paulo Bento!
Em complemento, os jogadores chamados à marcação não souberam estar atentos e perceber que Eduardo (exceptuando a penalidade concretizada por Moutinho), só mergulhava para a defesa depois da marcação, pelo que os pontapés da marca da grande penalidade tinham de ser feitos em força e não em jeito.
Eduardo foi patrão nos penaltys.
Polga tornou-se recordista em falhanços, ajudou à desgraça da “lagartagem” e ainda abrilhantou o facto na entrevista ao dizer, a respeito de não ter concretizado o penalty com êxito: «...faltou esse detalhe». Ironicamente, eu até acrescentaria: PEQUENO detalhe!
Em suma, o Vitória de Setúbal venceu e venceu bem e com justiça, venceu pelos seus jogadores, pela sua equipa técnica, pelos seus dirigentes e pelos seus adeptos, que foram incansáveis no apoio que deram à equipa. Este Vitória promete criar dificuldades ao Porto na semi-final da Taça e quem sabe defrontar o Benfica ou novamente o Sporting na final...
Independentemente disso, fiquei contente com a conquista da Taça da Liga pelo Vitória de Setúbal, e, não, não é só pelo facto de ser benfiquista, mas, principalmente, por ver como um clube pequeno, com poucos recursos e, até há bem pouco tempo, em grandes dificuldades, conseguiu formar uma equipa, no verdadeiro e completo sentido da palavra!
Sem mais nada a acrescentar, por agora,
Aguardo, com "tranquilidade", o derby lisboeta da semi-final da Taça de Portugal, esperando que "falte esse detalhe" aos “leões”...



Sophia

quarta-feira, 19 de março de 2008

Crónica de Um Eu Incompleto

Do fundo dos seus gritos sem significado, para nós, do fundo das suas palavras repetidas, como um eco inacabável, do fundo dos seus, por aí, 9 anos, o seu “eu”, que, provavelmente, não sabia distrinçar, misturava-se com os outros. Tão depressa o seu “eu” era eu, como era a menina, como era a tia, como eram os outros, mas, o seu “eu” nunca terá sido, certamente, um eu. Duvido que tivesse consciência de si na totalidade, quer como pessoa individual, quer como pessoa inserida num grupo.
E teria culpa por isso!?
Não creio.
Do fundo do "atraso", da oligofrenia, ou da demência que possuía, os seus gritos e repetições eram a comunicação que conhecia, por algo que aleatoriamente lhe calhara e de que não tinha culpa.
Todavia, a um dos gritos da menina, repreendido com aspereza pela tia, alguém, uns bancos atrás, profundamente incomodado e indignado refila:
O que é isto?
Outro alguém responde:
É uma menina que tem um atraso qualquer.
O primeiro alguém riposta: Não é justificação!
Incomoda um pouco é certo, mas é inaceitável tamanha incompreensão e não resisto a pensar:
Quem é que aqui tem o atraso afinal!?
A menina continua. A tia, impaciente e aborrecida, ralha e manda-a calar.
A menina continua. A tia bate e ralha, chama-a mal-educada e explica-lhe que deve estar sossegada.
A menina grita, chora, continua. A tia replica que para a próxima não a vai buscar a não sei quantos quilómetros de distância.
A menina tem um "atraso", pelo qual não tem culpa. A tia é humana e perdeu a paciência, por um amor enorme que, no entanto, não lhe permite mudar o curso das coisas.
A menina, depois de algum silêncio, solta um «Desculpa», em repetição, como muitas das suas palavras. A tia retoma a sua calma, retira da mochila um livro infantil, e com toda a paciência do mundo, em contraste com minutos antes, lê a estória em conjunto com a menina.
O primeiro alguém, por esta altura, já não estava presente, havia mudado de carruagem. (Coitado! Triste!).
A menina está agora sossegada, embrenhada, com a tia, na sua estória.
Atrás de mim, dois jovens, aparentemente normais, que parecem ter consciência de si como ser individual, mas não como ser em sociedade, fazem barulho, soltam “guinchos”, fazem batuque nos bancos, gozam com não sei quem, etc...
Mais uma vez, assola-me o pensamento:
Quem é que aqui tem o atraso afinal!?
A menina está sossegada. Do fundo do seu “eu” incompleto, apenas semi-consciente, mostra uma compreensão de ternura e dos outros muito superior à destes alguéns, supostamente, de QI normal.
E, neste quadro, neste contexto, neste momento, sou forçada a sentir que o que é mais triste é o "atraso" dos outros (que não sabem valorizar e aproveitar o facto de terem nascido, aleatoriamente, completos) e não o da menina...
A estória termina. A menina está calma e sossegada.
Os gritos voltam. A menina grita e chora. A tia ralha e manda-a estar sossegada.
A menina continua a gritar. A tia bate, ralha, pergunta o que ela quer, o que lhe fizeram para não estar sossegada.
A menina grita, repete palavras suas e de outros. A tia repreende, bate, ordena-lhe que se porte bem, diz-lhe que não volta a ir buscá-la para passar o fim-de-semana consigo e que no dia seguinte ficará de castigo.
A menina segue com os gritos, grita para a tia. A tia já não responde, enterra a cara nas mãos, em silêncio, num desespero de quem não sabe lidar com a condição que lhe calhou.
A menina grita. A tia vira a cara para o lado.
A menina pára. A tia enterra a cara nas mãos novamente.
A menina diz suavemente:
Desculpa!... Desculpa!...Não volto a portar-me mal!...Desculpa, está bem?...
A tia permanece muda, com a cara coberta pelas mãos.
A menina vira-se, sem gritos, na minha direcção. Olha para mim e eu sorrio-lhe. Ela retribui-me o sorriso e envia-me um beijo. Devolvo-lhe outro beijo e ela sorri de novo, sem gritos. Fica a observar-me enquanto escrevo e falo ao telefone durante um tempo. Depois, volta-se de novo para a tia, agora mais calma.
A viagem prossegue. A menina está mais sossegada, soltando apenas um grito aqui e ali e olhando e sorrindo para mim de quando em vez, ao que retribuo.
A minha viagem termina. Para mim, foi um episódio isolado, que, eventualmente, se esbaterá com o tempo, mas, para aquela menina e para a sua tia, foi mais um de muitos dias, de uma realidade que já vivem há vários anos e continuarão a viver, de uma luta diária que irão continuar a travar consigo e com os "alguéns" que por aí andam, de uma consciência incompleta que, a cada dia, cria barreiras e põe à prova os laços e o amor que envolvem aquela criança, de si e para si.


Sophia
Em viagem, 16 de Março de 2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

Mascotes em Boa Forma

As mascotes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 são 5 bonequinhos engraçados e cheios de personalidade, ou melhor, 5 crianças coloridas, vivas e com personalidade própria (com uma grande vantagem: não gritam, não fogem, nem fazem asneiras).
De facto, estas novas mascotes das olímpiadas são, digamos, “sofisticadas” e complexas. Mas, outra coisa não seria de esperar, já que estamos a falar de uns Jogos Olímpicos que vão ficar a cargo da grande República Popular da China.
Estas mascotes foram apresentadas ao público em 2005, mais precisamente, mil dias antes do início dos Jogos. No entanto, acredito que muitas pessoas ainda não as conheçam, e que, muitas mais não saibam qual o conceito que lhes deu origem, o que é uma pena porque são, sem dúvida, um excelente resultado de um trabalho fantástico.
Vou então apresentá-las um pouco melhor.
As mascotes dos Jogos Olímpicos de Pequim (Beijing) receberam, o nome de “Fuwa”, em mandarim, que em portugûes significa “Crianças de Boa Sorte”. Cada uma destas crianças resultou de uma feliz combinação entre um dos cinco elementos tradicionais chineses (o metal; a madeira; a água; o fogo; e a terra), uma das cinco cores dos anéis olímpicos (o amarelo; o azul; o vermelho; o verde; e o preto), e uma figura e/ou animal característico da cultura chinesa. Os seus nomes, Beibei; Jingjing; Huanhuan; Yingying; Nini, são resultado de repetição de cada uma das sílabas do slogan “Beijing huanying ni”, que, na língua de Camões, se traduz por: “Pequim dá-lhes as boas-vindas”.
Deste modo, surgiram:


Beibei
A mascote azul, uma menina, simbolizada pelo peixe e inspirada em imagens decorativas do ano novo chinês, representa os desportos aquáticos, tem uma personalidade generosa e pura e o seu ideal é a prosperidade.




JingjingA mascote preta, um menino, simbolizada pelo panda e inspirada no panda gigante, na Dinastia Song e em porcelanas antigas, representa desportos como o halterofilismo e o judo, entre outros e tem uma personalidade honesta e optimista, cujo ideal é a felicidade.




Huanhuan
A mascote vermelha, um menino, simbolizada pela chama olímpica e inspirada em desenhos de chamas das Grutas de Mogao (“Cavernas dos Mil Budas”, património da humanidade pela UNESCO, desde 1987), representa o lema olímpico “Citius, Altius, Fortius” (“Mais rápido, mais alto, mais forte”) e todos os desportos com bola, ostenta uma personalidade entusiasta e o seu ideal é a paixão.
Yingying
A mascote amarela, outro menino, simbolizada pelo antílope tibetano e inspirada nos costumes do Tibete e de Xinjiang (regiões “autónomas” do oeste da China), representa o atletismo, tem uma personalidade vivaz e astuta e o seu ideal é a saúde.






Nini
A mascote verde, a segunda menina desta equipa, simbolizada pela andorinha e inspirada nas andorinhas e nos papagaios chineses, representa a ginástica, possui uma personalidade inocente e o seu ideal é a boa sorte.
E, como esta mensagem já vai longa,
daqui a 3 meses, Beijing huanying ni!!!
Até lá, disfrutem destas engraçadas mascotes!
Sophia

terça-feira, 4 de março de 2008

Despersonalização

Bom, uma mensagem curta!
Costumo ler jornais desportivos, mas, nas últimas semanas tenho estado fora desta actividade.
Hoje, voltei à carga. Todavia, ao ler o jornal desportivo (que não vou publicitar), fiquei um tanto ou quanto atónita, ao perceber que há, nalgumas cabeças do seu corpo editorial, alguma confusão no que respeita ao que deve ser o conteúdo de um jornal desta área. Explicitando, havia algumas notícias que me faziam questionar se estaria a ler uma revista cor-de-rosa. Para além disso, deve ser instrutivo e apropriado que um jornal com tiragem de uns bons milhares de exemplares utilize o termo "sabujo".
Enfim, sem comentários!... É o que temos por cá!...(e não se prevê que melhore, com o governo a querer avaliar professores, que vão passar a DAR notas...)


Sophia

domingo, 2 de março de 2008

"Espelho Meu" Avariado


Creio que todos conhecem, ou pelo menos, já ouviram falar em Anorexia, um doença do comportamento alimentar.
Mas, poucos terão ouvido o termo Vigorexia. Este conceito foi introduzido recentemente pelo psiquiatra Harrison Pope.
Os vigoréxicos, à semelhança dos anorécticos, sofrem de uma distorção da sua imagem corporal. Contudo, contrariamente à Anorexia, a Vigorexia é mais frequente no sexo masculino.
Na Vigorexia, os indivíduos acham que têm falta de tonicidade e musculatura, pelo que praticam exercício físico de forma obsessiva, com o intuito de aumentar a sua massa muscular. Ao exercício físico exagerado, associam, muitas vezes, uma dieta rica em proteínas e o consumo de anabolizantes. Estes comportamentos desadequados resultam numa aquisição de massa muscular pouco apropriada à estatura e constituição física dos indivíduos, que se traduz numa real deformação corporal. Para além disso, verifica-se, nestas pessoas, um isolamento social e um risco aumentado de lesões hepáticas e cardíacas, disfunção eréctil, infertilidade e cancro da próstata.



Sophia

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Em Completo

«Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.»
(Ricardo Reis)

Parece-me um bom conselho!



Sophia

sábado, 23 de fevereiro de 2008

As Caras da Folia


Foi enquanto começava a preparar tudo para organizar uma viagem a Itália, que me ocorreu escrever esta mensagem.
Veneza!
Não, não é por causa do romantismo e toda a conversa do costume!
Falo, pelo Carnaval de Veneza!
As máscaras de carnaval venezianas são absolutamente deliciosas! Sempre as adorei e resolvi partilhar um pouco delas convosco. Estas afamadas máscaras, feitas em gesso ou em pasta de papel, relembram as damas e nobres do século dezassete, que as usavam para manter o anonimato enquanto de se divertiam nas noites traindo os respectivos cônjuges. Hoje, são protagonistas de dias e dias de folia num dos mais famosos carnavais do mundo.
E, para quem não saiba, as origens do Carnaval Moderno não estão em terras de Vera Cruz. O Carnaval como o conhecemos hoje surge no contexto da sociedade vitoriana do século XIX. Paris e Veneza foram as cidades mãe desta festa, que delas radiou para todos os cantos do Mundo, incluindo o Rio de Janeiro.


Sophia

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ciência e Arte

Hoje, apenas uma curta mensagem, que deixo ao cuidado do vosso sentido crítico e à consideração dos vossos comentários, estando certa, porém, e sem qualquer desprimor pelos restantes, de que o pessoal de Medicina perceberá melhor onde quero chegar.
Todos já conhecem decerto a expressão, repleta de verdade: A Medicina é uma arte. Mas, William Osler suplanta esta interpretação ao afirmar, de modo tão ou mais verídico, que A Medicina é a ciência da incerteza e a arte da probabilidade.
Ora, digam-me se esta não é uma boa definição de Medicina!?


Sophia

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Triste Pobreza

É triste a pobreza do Mundo!
Qual pobreza!?
Sim, a pobreza de comida, de água, de tecto, de roupa, de sapatos, sim, essa também!...
Mas, quero dizer: Pobreza! Pobreza de espírito; pobreza de carácter; pobreza de valores!...Pobreza que impera no mundo actual!...
É tão triste! Tão triste que até magoa, até dói! Magoa quase tanto como a primeira! Magoa a quem a não tem, a quem não é pobre, porque quem tem essa pobreza não se magoa com ela, nem com nada; porque quem a tem nem se apercebe dela, mesmo quando lhe a mostram!... Enfim, são pobres! Por que motivo se haveriam de magoar ou aperceber do que quer que fosse!?...É triste, são pobres, e é triste!...
Mesquinhez, cobardia, futilidade, cinismo e hipocrisia, mentira, impostura, injustiça, egoísmo, indeiscência, inquinação, insensatez, tudo sinónimos de pobreza!
São mesquinhos! São cobardes! São fúteis! São cínicos e hipócritas! São mentirosos! São um embuste! São injustos! São egoístas! São indeiscentes! São inquinados! São insensatos! E são tantas outras coisas!...
Em suma, são pobres! São pobres, e é triste!... É triste a pobreza do mundo!...


Sophia

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

5 Estrelas

Esta mensagem é como que um presente de aniversário atrasado que quero oferecer a uma pessoa muito especial.
Há amigos e amigos!! E a pessoa a que me refiro é daqueles amigos para toda a vida; um amigo de mão cheia; um amigo de muitos anos, boa parte dos quais passada à distância e, ainda assim, um amigo sem ausências... Um amigo de todas as horas, que sabe falar e confortar nos momentos certos com as palavras certas; que sabe ralhar-nos e puxar-nos as orelhas quando é necessário; que sabe permanecer calado e ouvir-nos com toda a atenção quando precisamos de desabafar; que nos deixa estar sozinhos e respeita o nosso espaço quando disso precisamos... Um amigo com o qual podemos estar horas a fio a conversar, ou pura e simplesmente, com quem podemos passar minutos infindáveis em silêncio e, mesmo assim, percebermos tudo o que foi "dito" e acharmos que foi uma excelente conversa!... Enfim, um amigo fora de série, um amigo 5 estrelas!!!
Sophia