quarta-feira, 30 de abril de 2008

Distorções

Distorce-se a realidade, distorcem-se os princípios, distorce-se o carácter e a personalidade, distorcem-se os sentimentos, distorcem-se os amigos, os colegas e os conhecidos, distorcem-se as palavras e o seu tom... Num gesto facilitista e arrogante, distorce-se tudo, tudo o que há em redor, desde que isso seja conveniente e sirva qualquer propósito desejado.
É assim!...Um jogo de espelhos corrupto, desonesto, mas, por certo muito aliciante para os espíritos mais fracos. Espelhos constantemente manobrados e direccionados consoante os ângulos mais proveitosos, como se de um girassol se tratasse; espelhos que insistentemente, a cada tempo reflectem uma imagem diferente, conforme mais lhes convém; espelhos que se desdobram e multiplicam, sendo cada vez mais utilizados como método e como escape, atingindo tal disseminação que lhes permite ser a normalidade.
Mas, que raio!
Onde está a normalidade disto!? Onde se encontra normalidade na manipulação, na falsidade, no cinismo, na mesquinhez, na corrupção, na ausência de princípios e no carácter reptilário de tais mentes retorcidas!?
São distorções, falseamentos que se ampliam e se somam. São cada vez mais comuns, são distorções das pessoas, da sociedade, dos países e do mundo, distorções que nos aproximam da primitividade inicial e animalesca da espécie. São repugnantes falseamentos e não vejo normalidade nenhuma nisso!


Sophia

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