domingo, 14 de agosto de 2011

Património

Quando no canto superior do meu televisor aparece "Directo" escrito "Direto" o meu estômago dá voltas e a minha alma fica triste. A língua é um Património e a nossa é extremamente rica, quando respeitadas as suas regras. Por isso, aqui, vai continuar a escrever-se Português.*

*Nota: Por Português entende-se a Língua de Camões, de Pessoa, de Garrett, de Bocage, das Cantigas de Amor de D. Dinis, a língua que surgiu com o sonho de Afonso Henriques e que foi evoluindo até à forma como a conhecíamos até há bem pouco tempo. Um património que cresceu e se adaptou, mas nunca se adulterou nas suas raízes. Português é Português. Português não é Brasileiro e Brasileiro não é "Português do Brasil". Português é Português e Brasileiro é Brasileiro! Basta lerem livros nestas duas línguas para perceberem o que digo. São dois patrimónios, independentes, distintos, embora com um passado comum, e, assim, devem ser mantidos.
Como disse João de Melo: "A língua pode muito bem ser uma pátria, como escreveu Fernando Pessoa, porque como pátria se ganha, se perde, se adopta ou se repudia. Mas, antes de pátria, a língua é sempre algo de mais íntimo: padrão e medida da nossa alma; referência da nossa arte..."
Por isso, aqui se defende que não se repudie uma das maiores riquezas da nossa pátria, que não seja violada a nossa intimidade, usurpada a nossa alma, deteriorada, adulterada a nossa arte! Aqui, escreve-se em Português!



Sophia

Sem comentários: