sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olimpíadas da Desigualdade

O Comité Olímpico Internacional decidiu hoje o plano de organização dos Jogos Olímpicos de 2016, designando o Brasil como país anfitrião.
A história repete-se. Um país de desigualdades, de contrastes sociais, de pobreza e criminalidade a níveis profundamente alarmantes, recebe o rebuçado, para glorificação dos organizadores e júbilo das classes mais abarcadas por essas diferenças e dificuldades, que são os que menos recebem do lucro deste bolo e os que mais ajudam a engordá-lo, pelo espírito e entusiasmo que dão a este tipo de eventos.
Poderia comparar isto a algo que se passou em 2004, no nosso Portugal, com uma única e grande diferença: o Brasil, embora alimentando estes fossos sociais, é, efectivamente, um país grande e rico, uma potência económica mundial.
Devíamos atentar não nos pontos negativos, mas nas qualidades que nos mostram.
Sugiro que se ponha de lado a mania das grandezas e que se faça algo para se ser, de facto, grande e forte.




Sophia

1 comentário:

Casimiro disse...

Pois... Realmente tens razão. Mas a escolha seria sempre um pau de quatro bicos: se escolhessem Chicago diriam que o motivo era tratar-se dos EUA, a maior potência mundial, e porque o Obama, como todo o seu carisma, tinha dado a volta à votação; Tóquio representaria desigualdades ainda maiores, num país onde nem alguns direitos humanos mais básicos são cumpridos; se fosse Madrid, estar-se-ia a escolher a capital da capital do desporto da actualidade que é Espanha simplesmente porque os espanhóis ganham tudo em quase todos os desportos.

Como tudo na vida, não há escolhas lineares.